Os principais assuntos do Ibovespa hoje. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa futuro abriu esta quinta-feira (18) em estabilidade, com leve alta de 0,08%, aos 147.120 pontos. O mercado financeiro repercute as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A nova pesquisa Genial/Quaest sobre intenções de voto nas eleições de 2026 também fica no radar.
O cenário de mais cortes de juros nos EUA e alta das bolsas globais pode ajudar o Índice Bovespa hoje, mas a queda do minério de ferro (0,12%) traz viés de baixa. A manutenção da Selic elevada em 15% ao ano também pode pressionar ações de bancos e do setor varejista. O petróleo, por sua vez, sobe 0,30% nesta manhã.
Ibovespa futuro: o que você deve ficar atento nesta quinta-feira (18)
Fed corta projeções de juros para 2025, 2026 e 2027
O Federal Reserve reduziu as projeções para a taxa básica de juros dos EUA em 2025, 2026 e 2027. As estimativas caíram para 3,6%, 3,4% e 3,1%, respectivamente. (Imagem: Adobe Stock)
O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, reduziu a taxa de juros do país em 0,25 ponto porcentual na quarta-feira (17), para o intervalo entre 4% e 4,25% ao ano.
É o primeiro ajuste para baixo em anos, uma decisão amplamente esperada pelo mercado desde que a instituição iniciou o ciclo de aperto monetário em março de 2022 e elevou os juros americanos de 0% ao ano para o maior patamar em duas décadas.
Por lá, o mercado reagiu de forma volátil, primeiro em alta, mas logo devolvendo parte dos ganhos, enquanto investidores avaliavam a decisão do Fed e o discurso de seu presidente Jerome Powell.
As sinalizações de Powell, destacando que a continuidade do ciclo de queda de juros nos próximos meses ainda depende da evolução dos dados de inflação e emprego nos EUA, foram lidas por uma ótica mais hawkish – termo que indica a adoção de política austera, com taxas de juros mais altas –, ajudando a limitar o otimismo gerado pelo corte nos Fed Funds (como são chamados os juros americanos).
Lula lidera intenções de voto para eleições de 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na frente das intenções de voto para as eleições de 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18).
O levantamento simulou oito arranjos diferentes de candidatos. No primeiro turno, Lula aparece com 32% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 24%, e Ciro Gomes, com 11%. Em outras combinações, o petista oscila entre 32% e 43%, sempre à frente dos adversários.
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Quando Michelle Bolsonaro substitui seu marido e ex-presidente, Lula marca 33%, contra 18% da ex-primeira-dama. Com Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista tem 35% a 17%. Já nos cenários em que enfrenta Eduardo Bolsonaro, Lula varia de 32% a 43%, enquanto o deputado alcança entre 14% e 21%.
Em uma simulação de segundo turno contra Tarcísio, Lula alcançou 43% das intenções de voto, enquanto o paulista somou 35%. Os porcentuais são os mesmos registrados na pesquisa de agosto.
A pesquisa entrevistou 2.004 eleitores em 120 municípios do País, entre os dias 12 e 14 de setembro. As entrevistas foram feitas presencialmente, com questionários estruturados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Copom mantém Selic em 15% em decisão unânime
Copom destacou que o cenário atual exige cautela na condução da Selic. (Foto: Adobe Stock)
O Copom manteve a Selic em 15% ao ano na quarta-feira. A decisão já era esperada pelo mercado, que concentrava a atenção no comunicado do BC. O foco estava em identificar qualquer menção que pudesse sugerir a antecipação do ciclo de afrouxamento monetário para o final de 2025 – veja a reportagem completa sobre a decisão do Copom.
O comitê destacou que o cenário atual exige cautela na condução da Selic. O BC afirmou que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção dos juros altos é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
“O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, disse em comunicado.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Luciana Xavier e Maria Regina Silva, do Broadcast