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Após boa notícia do IBGE sobre empregos no setor privado, veja dicas para começar a investir

O trimestre encerrado em maio teve um índice positivo no cenário da geração de empregos no Brasil

Após boa notícia do IBGE sobre empregos no setor privado, veja dicas para começar a investir
O número de empregadores cresceu em 4 mil em um trimestre. (Fonte: GettyImages)

O cenário da geração de empregos no Brasil finalizou o trimestre, encerrado em maio de 2023, com um índice positivo em relação ao trimestre de fevereiro. Foram 14 mil vagas com carteira assinada no setor privado.

Os dados foram levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), que também revelou que, na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,250 milhão de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado.

Em paralelo a isso, o trabalho por conta própria ganhou 22 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,219 milhões. O resultado significa 437 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes.

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O número de pessoas que atuavam sem carteira assinada também caiu e alcançou a marca de 12,933 milhões, 27 mil a menos que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até maio de 2022, foram criadas 128 mil vagas sem carteira no setor privado.

Essas pessoas, muito provavelmente, representam uma parcela do grupo de 36,826 milhões que agora está trabalhando com carteira assinada no setor privado e fez parte da pesquisa do trimestre até maio.

Já o número de empregadores cresceu em 4 mil em um trimestre. Em relação a maio de 2022, o total de empregadores é menor em 108 mil pessoas.

Além disso, a pesquisa também revelou que o setor público teve 327 mil ocupados a mais no trimestre terminado em maio ante o trimestre encerrado em fevereiro. Na comparação com o trimestre até maio de 2022, foram abertas 448 mil vagas.

Por fim, foi descoberto que o País teve um recuo de 47 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,731 milhões de pessoas. Ou seja, 57 mil pessoas a menos do que no ano anterior.

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Com mais pessoas trabalhando no setor privado, e com carteira assinada, vale relembrar que investir pode ser uma boa opção para quem quer multiplicar o dinheiro recebido. No entanto, começar a investir traz algumas dúvidas e inseguranças, mas nada que não possa ser amenizados com estudo, planejamento e organização.

Como começar a investir com R$ 300 por mês?

Com R$ 100, por exemplo, já é possível colocar a mão na massa em relação a investimentos, desde que seja feita uma preparação no orçamento, como o pagamento de dívidas e a criação de uma reserva de emergência.

Com R$ 300 mensais, acontece da mesma forma. Para fazer as melhores escolhas é preciso reconhecer os seus objetivos, os prazos para atingi-los e a disposição para encarar riscos.

“Esse dinheiro está guardado para um objetivo de médio prazo, como uma uma viagem, troca de móvel ou eletrodoméstico de casa, ou visado para o longo prazo, pensando na aposentadoria?”, provoca Liao Yu Chieh, professor do Insper.

Ainda que a renda fixa não esteja em sua melhor fase, ela é um consenso nas indicações de especialistas, principalmente para quem está começando suas aplicações.

“A renda fixa sempre vai ser importante, principalmente na questão de reserva de oportunidade. Só que quanto mais cai a taxa de juros, mais ela perde importância. Mas não é que ela vá deixar de existir”, lembra Fabrizio Gueratto, do canal 1Bilhão Educação Financeira e colunista do E-Investidor.

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Títulos do Tesouro Diretofundos de renda fixa, títulos de crédito privado (CDB, LCI, LCA) são alternativas dessa classe de ativos, recomendada para investidores de perfis conservadores, ou seja, menos dispostos a correr risco de perda nos seus investimentos.

Com R$ 300 posso começar a investir em renda variável?

Fabrizio, do canal 1Bilhão, considera ideal que investidores de primeira viagem comecem pela renda fixa para “sentir o mercado”. Só depois seria indicado entrar gradativamente na renda variável, que além de um aspecto técnico depende também do lado emocional dos investidores. A pandemia de covid-19 mostrou isso em 2020, quando o temor pela nova doença viral provocou queda nas bolsas de diversos países.

“Todo mundo acha que tem emocional até as coisas acontecerem de verdade. Será que você tem mesmo emocional vendo tudo desabar na Bolsa?”, instiga Fabrizio.

Independentemente de escolher a renda fixa ou a renda variável, o youtuber de finanças lembra que é importante ter diversificação na carteira, o que diminui as chances de todas as suas aplicações darem errado.

“Na renda fixa, por exemplo, você pode colocar uma parcela em um fundo mais conservador, que o investidor vai ter uma gestão passiva. Pode colocar também em um CDB (crédito privado) mais longo de uma outra instituição financeira, porque o ideal não é concentrar todo o meu risco em uma mesma instituição”, afirma Fabrizio.

Mauro Calil, fundador da Academia do Dinheiro, lembra que a renda variável não se traduz apenas em ações negociadas na Bolsa. “Há muitos fundos imobiliáriosfundos de açõesETFs, que são fundos que acompanham índices das ações, fundos multimercados disponíveis no mercado”, diz Calil.

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Mas definir um percentual para renda fixa e variável depende do estilo de vida de cada pessoa. Em vez de começar direto em ações, o que pede um conhecimento maior dos investidores, os especialistas sugerem fundos que acompanham índices (ETFs), como o BOVA11, que acompanha o índice Ibovespa, da bolsa brasileira, ou até mesmo um fundo de ações. Isso pode trazer uma experiência com o ambiente de Bolsa, antes de se posicionar de fato em papéis de companhias de capital aberto.

Mergulhar logo de cara em ações não é uma recomendação usual, mas o head de Educação do C6 Bank esclarece que esse movimento é possível desde que o objetivo da aplicação seja para um período de tempo mais distante.